Os biofilmes são complexas comunidades microbianas de difícil remoção e detecção que podem levar a problemas sérios e caros, incluindo a interferência em importantes processos industriais, tais como: queda de rendimento dos trocadores de calor, entupimento de membranas e filtros, biocorrosão e entupimento de tubulações.
Quando falamos em controle de biofilmes, as Caixas d’água e Reservatórios merecem nossa atenção especial, isso porque, são caracterizados como ambientes úmidos, quentes, periodicamente estáticos, normalmente apresentam uma baixa concentração de biocida residual e grande área superficial que criam um ambiente adequado para o desenvolvimento de biofilmes.
Uma das estratégias para controle de biofilmes é realizar regularmente a Limpeza de Caixas d’água e Higienização de Reservatórios. Entretanto, procedimentos de higienização incorretos não removem nem inativam os microrganismos aderidos.
No artigo desta semana, vamos falar sobre:
Segundo Flemming, Hans-Curt 2011, uma das estratégias mais eficazes de controle de desenvolvimento de biofilmes é a limpeza e sanitização das superfícies, inclusive, de Caixas d’água e Reservatórios. Isso se dá pelos seguintes motivos abaixo:
A relativa facilidade com que os biofilmes se desenvolvem deve-se à grande variedade das espécies de microrganismos que os compõem requererem quantidades mínimas de nutrientes para seu crescimento. Quanto maior for a quantidade de nutrientes disponíveis, maior será o crescimento microbiano.
A Limpeza de Caixas d’água e Higienização de Reservatórios semestral remove partículas inorgânicas e de outras sujidades nas superfícies internas dos reservatórios, que servem de nutrientes para o crescimento microbiano, desacelerando o processo de formação do Biofilme.
O processo de Limpeza de Caixas d’água e Higienização de Reservatórios semestral, quando realizados com biocidas adequados, remove as incrustações inorgânicas metálicas e consequentemente a matriz polimérica extracelular (biofilme) de maneira eficaz.
Vale ressaltar que apenas a presença de biocidas oxidantes, como o cloro, que utilizamos normalmente para eliminar bactéria de vida livre (planctônicas) não é o suficiente para o controle de Biofilmes no sistema de água.
Isso se dá, pois o biofilme impede uma efetiva penetração de biocidas oxidantes, protegendo os microrganismos ali albergados. Além disso, o cloro pode inativar apenas parte dos microrganismos, quebrando moléculas recalcitrantes em fragmentos biodegradáveis, gerando mais nutrientes para os microrganismos presentes no sistema de água predial.
Depois que se fixam em uma superfície, não apenas continuam a crescer, mas também se dispersam no sistema de água em forma de agregados celulares. Após a sua dispersão, as bactérias podem colonizar novos ambientes, reiniciando a formação de novos biofilmes.
Na hora de contratar uma empresa responsável para efetuar a limpeza de caixa d’água e higienização de reservatórios é muito importante se informar como funcionam os procedimentos de limpeza e desinfecção.
A maioria das empresas utiliza o cloro como agente biocida no procedimento. De maneira geral, a solução de hipoclorito de sódio — que libera cloro residual livre quando em contato com a água de consumo — é muito eficiente na inativação de diversos microrganismos de vida livre, mas não aqueles albergados em biofilmes.
O biofilme impede uma efetiva penetração do biocida para eliminar microrganismos. Desse modo, biocidas como o cloro reagem inicialmente com os exopolissacarídeos e no final, pouca atividade do sanitizante resta para agir sobre os microrganismos no biofilme. Para eliminar os microrganismos albergados no biofilme precisaríamos utilizar concentrações muito elevadas de cloro que podem ocasionar cheiro e gosto desagradáveis na água, além de ser nocivo à saúde.
Por isso, é importante procurar empresas que utilizem biocidas que, além de menos agressivos à saúde, combatam as incrustações inorgânicas metálicas, removendo assim a matriz polimérica extracelular (biofilme) de maneira eficaz.
Não, para realizar o controle de biofilmes nos sistemas de água prediais precisa-se de uma abordagem multidisciplinar. A abordagem mais eficaz para reduzir a formação de Biofilme é garantir que sua instalação tenha um Plano de Segurança da água sólido contendo as seguintes medidas de controle:
Filtração: O sistema de filtração diminui a quantidade de matéria orgânica que chega aos nossos reservatórios e caixas d’água, e assim ajuda a diminuir o desenvolvimento de bactérias de vida livre ali presentes, desacelerando o processo de formação do Biofilme.
Dosagem de Biocida (cloração): A concentração de solução biocida adequada nos sistemas de água ajuda a controlar a presença de bactérias de vida livre (planctônicas), diminuindo a velocidade do processo de formação do biofilme.
Análises de água: apesar das análises não averiguarem a presença do biofilme, se realizadas regularmente, contribuem para a identificação de focos de desenvolvimento de biofilmes e pontos de contaminação microbiológica. As análises de água são o ponto inicial para a tomada de ações corretivas.
O serviço de limpeza de reservatórios e caixa d’água da Microambiental é reconhecidamente eficaz, pois utiliza produto e método exclusivos que removem com facilidade as incrustações inorgânicas metálicas e a matriz polimérica extracelular do biofilme. Esse procedimento dispensa o uso do hidrojateamento de alta pressão, esfregões, escovas e buchas, o que torna a operação mais rápida e garante a integridade do revestimento interno do reservatório.
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