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Higienização de ar-condicionado: riscos da água represada e importância da análise de Legionella

A qualidade do ar em ambientes climatizados depende diretamente da manutenção dos equipamentos.

A falta de higiene em sistemas de ar-condicionado e o acúmulo de água nas bandejas de condensado são fatores que passam despercebidos no dia a dia, mas que representam riscos sérios à saúde ocupacional e à segurança de usuários.

A combinação de poeira, matéria orgânica e umidade cria um ambiente perfeito para o desenvolvimento de microrganismos, entre eles a preocupante bactéria Legionella, associada a surtos de pneumonia em ambientes corporativos e hospitalares.

Neste artigo, vamos explorar por que esses riscos são tão relevantes, quais as consequências da negligência na higienização e como análises especializadas ajudam a proteger pessoas e organizações.

O que acontece quando o ar-condicionado não é higienizado?

Sistemas de climatização são projetados para resfriar e filtrar o ar, mas durante esse processo acumulam contaminantes.

Filtros saturados, serpentinas com sujeira e bandejas de condensado com água parada favorecem a formação de biofilmes, estruturas aderidas compostas por bactérias, fungos e protozoários.

Esses biofilmes tornam os microrganismos mais resistentes a desinfetantes e podem liberar esporos e toxinas para o ar interno.

Esse processo não ocorre apenas em ambientes industriais ou hospitalares: escritórios, residências, escolas e shoppings também estão sujeitos, especialmente quando a manutenção preventiva não segue periodicidade recomendada.

Por que a água represada nas bandejas é um risco?

A água que se acumula nas bandejas de condensado deveria ser continuamente drenada. Quando isso não acontece, forma-se um meio úmido e estagnado que se transforma em reservatório natural para bactérias.

A Legionella pneumophila, por exemplo, encontra nesse ambiente condições ideais de temperatura (20–45 °C) e nutrientes para se multiplicar.

O risco maior é a aerossolização: pequenas gotas de água contaminada podem ser dispersas pelo sistema e inaladas, atingindo diretamente o trato respiratório de quem ocupa o espaço climatizado.

Legionella: a bactéria que preocupa sistemas de climatização

A Legionella é responsável por duas doenças principais:

Doença dos Legionários: uma pneumonia grave, com alta taxa de hospitalização.
Febre de Pontiac: síndrome respiratória semelhante a uma gripe, mas autolimitada.

Casos de surtos já foram documentados em hotéis, hospitais e prédios corporativos em vários países. No Brasil, a preocupação cresce com a expansão dos sistemas centrais de climatização em ambientes de grande circulação.

Diferente de outros microrganismos, a Legionella não se transmite de pessoa para pessoa; sua principal via de infecção é justamente a inalação de aerossóis contaminados, o que reforça a importância da higienização de equipamentos de ar-condicionado e da análise periódica da água nas bandejas.

Consequências da falta de higiene

Negligenciar a manutenção desses sistemas pode gerar impactos de diferentes naturezas:

  • Saúde ocupacional: crises alérgicas, irritação nos olhos, cefaleia, fadiga e infecções respiratórias.
  • Segurança sanitária: surtos de doenças como a Doença dos Legionários em ambientes críticos (hospitais, clínicas, hotéis).
  • Imagem institucional: empresas que não cuidam da qualidade do ar interno podem sofrer com perda de reputação, processos trabalhistas e baixa produtividade dos colaboradores.

Soluções: higienização e monitoramento microbiológico

A resposta para esses riscos envolve duas frentes complementares:

  1. Higienização periódica dos equipamentos: limpeza de serpentinas, filtros, dutos e bandejas de condensado com métodos e produtos adequados, sempre executados por empresas especializadas.
  2. Análises microbiológicas específicas: a análise de Legionella é considerada padrão internacional de prevenção, permitindo detectar precocemente a presença da bactéria e implementar medidas corretivas antes que haja riscos de surtos.

Além disso, exames complementares, como contagem de bactérias heterotróficas e pesquisa de fungos, ajudam a mapear a qualidade microbiológica do sistema de climatização.

Metodologia da Microambiental para análise de Legionella em ambientes climatizados

A Microambiental atua de forma especializada na detecção e monitoramento de Legionella spp. em sistemas de climatização, como bandejas de condensado, drenos, torres de resfriamento e pontos de água associados.

O objetivo é identificar a presença da bactéria e orientar medidas preventivas ou corretivas.

Planejamento e coleta de amostras

A definição dos pontos de coleta segue critérios técnicos, priorizando locais com água estagnada, biofilmes visíveis ou maior risco de contaminação. As amostras podem ser de:

  • Água represada nas bandejas de condensado e drenos.
  • Biofilme coletado com swab em superfícies úmidas.
  • Água de reposição de sistemas de climatização ou umidificação.

A coleta é feita em frascos estéreis, com adição de Tiossulfato de Sódio para anular o Cloro residual na amostra , mantida sob refrigeração controlada 0 a 6°C ) e transportada com cadeia de custódia até o laboratório.

Análise laboratorial

Utilizamos o método oficial e reconhecido internacionalmente, Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 24° Edição, Método 9268 (uma publicação da American Public Health Association), no qual somos acreditados.

  • 1° etapa – Cultura: concentra a amostra, realiza pré-tratamento seletivo e inoculação em meios específicos, com incubação e identificação de Legionella spp. O resultado é expresso em UFC/250mL.
  • 2° etapa – Identificação de Espécies e Sorogrupos: através do teste por aglutinação de Látex é possível a identificação da espécie Legionella pneumophila e os sorogrupos 1 a 14, assim como a detecção de outras sete espécies de Legionella, causadoras de doenças humanas.

Interpretação dos resultados

Os laudos indicam a concentração encontrada e incluem um parecer técnico sobre o nível de risco. Em caso de detecção, as diretrizes podem incluir:

  • Correções de drenagem para evitar acúmulo de água.
  • Limpeza e manutenção do sistema pelo responsável técnico do cliente.
  • Reamostragem após ações corretivas para verificar a eficácia.

Documentação e suporte técnico

Cada análise resulta em:

  • Laudo técnico, com método, resultado e declaração de conformidade caso haja VMPs estabelecidos pela legislação pertinente..
  • Registro fotográfico da coleta.

Periodicidade recomendada

  • Ambientes críticos (hospitais, hotéis, grandes edifícios corporativos): trimestral.

Demais sistemas de climatização: semestral, ou conforme histórico e condições operacionais.

Com esse serviço, a Microambiental assegura que seus clientes estejam em conformidade com práticas internacionais de segurança sanitária e tenham ferramentas confiáveis para a gestão da qualidade microbiológica do ar climatizado.

Conclusão

A falta de higiene em equipamentos de ar-condicionado e a água represada nas bandejas de condensado são riscos silenciosos, mas potencialmente graves.

A presença de Legionella e outros microrganismos nesses pontos pode comprometer a saúde de centenas de pessoas em um mesmo ambiente.

A combinação entre manutenção preventiva e análises especializadas é a forma mais eficaz de prevenir doenças e manter a qualidade do ar em padrões adequados.

Na Microambiental, transformamos esse cuidado em prática, ajudando empresas a protegerem vidas e a assegurarem ambientes saudáveis e confiáveis.

Perguntas Frequentes (FAQ)

1) Quais são os riscos da falta de higiene no ar-condicionado?

Ocorre acúmulo de biofilmes, poeira e microrganismos que podem causar alergias, infecções respiratórias e até surtos de doenças como a Doença dos Legionários.

2) Por que a água represada nas bandejas é perigosa?

Porque cria condições ideais para o crescimento da bactéria Legionella, que pode ser dispersa em aerossóis e inalada pelos usuários do ambiente.

3) O que é a análise de Legionella em sistemas de climatização?

É um exame microbiológico que detecta a presença da bactéria Legionella spp. na água das bandejas ou sistemas, prevenindo surtos e garantindo ambientes mais seguros.

4) Com que frequência deve ser feita a higienização do ar-condicionado?

Recomenda-se limpeza preventiva semestral ou conforme orientações do fabricante, sempre acompanhada de análises microbiológicas em ambientes críticos.

5) A Microambiental realiza análise de Legionella?

Sim. A Microambiental oferece higienização de sistemas de climatização e análises laboratoriais de Legionella, assegurando laudos técnicos e conformidade sanitária.





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