
Como fazer a higienização de torneiras?
Os sistemas de distribuição de água potável não são ambientes estéreis e a maioria dos microrganismos estão contidos em biofilmes aderidos às superfícies. Quando eles entram nos canos dos sistemas de água prediais podem crescer e se multiplicar.
Dentre os locais que os microrganismos podem se desenvolver, as torneiras são um dos locais mais contaminados. Isso pode acontecer quando as torneiras ficam fechadas por longos períodos e a água fica parada nos canos, possibilitando a formação de biofilmes em sua estrutura, podendo comprometer a potabilidade da água.
Muitas vezes realizamos a Limpeza de Caixas d’água e Higienização de Reservatórios semestralmente, mas esquecemos de higienizar as torneiras, podendo ser um dos motivos de não conformidades nos laudos de análises de água.
Pensando nisso, no artigo desta semana, vamos falar sobre:
- a importância de higienizar as torneiras;
- qual a frequência recomendada e;
- como realizar a higienização de torneiras em 07 passos.
Qual a importância de higienizar as torneiras?
As superfícies, principalmente de ambientes de serviços de saúde, representam um potencial reservatório de microrganismos.
Um estudo conduzido por Guedes Garcia et al. (2019) realizou análises de superfícies internas, externas de torneiras de um hospital geral brasileiro e demonstrou a presença de seis cepas de Pseudomona sp .
Um resultado preocupante é que das seis cepas encontradas, apenas uma foi sensível à
Ceftazidima, um antibiótico de terceira geração, e todas apresentaram resistência para Cefepime (carbapenêmico), Cefalosporina e Sulfametazol + Trimetropim, caracterizadas pela expressão de múltipla resistência aos antimicrobianos e consequentemente reconhecida como um importante patógeno nosocomial.

Fonte: Water hygiene and safety – A practical approach to ensuring safe water, 2012
A presença de Pseudomonas sp em torneiras está relacionada com sua atração por locais úmidos. A umidade é um fator crítico para a manutenção desses microrganismos nos ambientes, pois podem ser carreados pela água de modo a colonizar torneiras e tubulações, formando biofilme, que pode contaminar a água.
Desta forma, o controle da qualidade da água e a limpeza adequada de superfícies que entram em contato com a água são essenciais para garantir a segurança e dos consumidores.
Qual deve ser a frequência de higienização de torneiras?
Nós da Microambiental recomendamos que as torneiras sejam higienizadas semestralmente. Além disso, o arejador da torneira acumula muito resíduo sólido, biofilme e o recomendável, caso não seja possível eliminar essas sujidades, é substituir o arejador por peça nova. A troca do arejador é recomendada anualmente.
Nós da Microambiental também sempre sugerimos que as empresas realizem a higienização de torneiras que apresentaram resultados não conformes para análises bacteriológicas antes da recoleta.
07 Passos para Higienização de torneiras:
1 – Desinstale a torneira que apresentou a não conformidade;

2 – Caso ela possua arejador (rede localizada no bocal da torneira), retire-o para ser possível higienizar internamente.

3 – Esfregue a torneira e o arejador com auxílio de uma bucha nova e detergente neutro e, após, enxágue.

4 – Esfregue a parte interna das torneiras com auxílio de hastes e detergente neutro, com intuito de remover o biofilme instalado e, após, enxágue bem até remover o residual.

5 – Em seguida, imerja a torneira e suas peças em solução de hipoclorito de sódio a 10% e deixar por 30 minutos de contato para ação de desinfecção.

6 – Após tempo de contato da torneira e peças imersas na solução de hipoclorito de sódio, retire-as da solução e enxaguar com água corrente por 2 minutos.

7 – É interessante realizar nova coleta para avaliar a eficiência da higienização.

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Para garantir a qualidade e a confiabilidade de seus laudos, a Microambiental investe em tecnologia e inovação tendo acreditação na NBR ISO/IEC 17025 e certificação pelo Programa Elite para análise de Legionella do CDC. Além disso, nossos laudos são disponibilizados no portal online, com fotos do local de coleta e observações de campo que auxiliam nos diagnósticos de não conformidades. Os dados são sincronizados automaticamente, sendo carregados na nuvem, garantindo maior controle e informações mais precisas.