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Atualização da Farmacopéia Brasileira: O que muda na 7ª Edição?
A Farmacopéia Brasileira acaba de ser atualizada para sua 7ª edição com a aprovação da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 940, de 14 de novembro de 2024.
Essa edição mantém os padrões analíticos e os valores máximos permitidos para as análises em água, mas reforça a importância do controle rigoroso da qualidade da água utilizada na indústria farmacêutica e em laboratórios.
O que é a Farmacopéia Brasileira?
A Farmacopéia Brasileira é um regulamento oficial que define os critérios de qualidade, segurança e autenticidade para produtos farmacêuticos.
Entre outros assuntos, ela define as especificações para diferentes tipos de água empregadas na fabricação de medicamentos, garantindo que atendam aos requisitos de pureza e segurança necessários para evitar contaminação e comprometer a eficiência dos fármacos.
O que muda com a 7ª Edição?
A nova edição da Farmacopéia Brasileira não trouxe alterações nos limites máximos permitidos para contaminantes na água, mas reforçou a necessidade de controle rigoroso de qualidade, armazenamento e distribuição.
Isso significa que as indústrias e laboratórios devem manter processos de validação e monitoramento constante para garantir conformidade com as especificações estabelecidas.
Importância do Controle da Qualidade da Água
A qualidade da água utilizada na indústria farmacêutica impacta diretamente a segurança dos medicamentos e a precisão das análises laboratoriais.
Por isso, empresas e laboratórios devem implementar sistemas de monitoramento e validação eficazes para evitar contaminações e garantir a conformidade com a Farmacopéia Brasileira.
Tipos de água na Farmacopéia Brasileira 7ª Edição
1. Água Potável
A água potável é a base para qualquer processo de purificação destinado a aplicações farmacêuticas. Sua qualidade é fundamental para garantir a segurança dos produtos finais, sendo submetida a rigorosos processos de tratamento antes de ser utilizada como fonte para a obtenção de águas de maior pureza.
Qualidade e Regulamentação da Água Potável
A água potável utilizada na indústria farmacêutica deve atender Portaria GM/MS nº 888/2021 ou a outra norma que vier a substituí-la , garantindo conformidade com padrões estabelecidos para:
Parâmetros físicos e químicos
Critérios microbiológicos
Embora seja essencial para diversas aplicações, a água potável não possui uma monografia específica nas farmacopeias, pois sua regulamentação segue os padrões gerais de potabilidade definidos pela legislação vigente.
Aplicações da Água Potável na Indústria Farmacêutica
Fonte para obtenção de águas de maior pureza (purificada, para injetáveis, entre outras)
Climatização térmica de equipamentos
Síntese de ingredientes intermediários
Apesar dessas aplicações, a maioria dos processos farmacêuticos exige tratamentos adicionais para remover impurezas e contaminantes que possam comprometer a qualidade dos produtos.
Tratamentos Adicionais para Produção de Água Purificada
Para atender às exigências da indústria farmacêutica, a água potável passa por processos de purificação, como:
Destilação
Deionização
Troca iônica
Osmose reversa
Processos combinados de purificação
Cada método é selecionado conforme as necessidades específicas da aplicação, garantindo que a água utilizada esteja livre de interferências que possam comprometer a qualidade dos medicamentos e produtos farmacêuticos.
Controle Rigoroso da Qualidade da Água
A qualidade da água potável deve ser monitorada periodicamente, pois qualquer alteração pode impactar na eficiência dos sistemas de purificação subsequentes. É responsabilidade do usuário garantir que o sistema de purificação utilizado esteja adequado às condições da fonte de alimentação e que a água fornecida continue atendendo aos requisitos necessários.
Sua produção envolve uma sequência de processos de purificação que garantem a remoção de contaminantes, tornando-a adequada para diversas aplicações laboratoriais e farmacêuticas.
Como a Água Purificada é Obtida?
A obtenção da água purificada ocorre por meio de uma combinação de sistemas de purificação, organizados de forma lógica para garantir a eficiência na remoção de impurezas. Entre os principais métodos utilizados, destacam-se:
Múltipla destilação
Troca iônica
Osmose reversa
Eletrodeionização
Ultrafiltração
Outros processos de purificação avançados
Cada um desses métodos contribui para atingir os limites especificados de pureza, de acordo com os padrões estabelecidos para diferentes contaminantes.
Principais Aplicações da Água Purificada
A água purificada é amplamente utilizada em diversas áreas, especialmente na indústria farmacêutica e em laboratórios. Suas principais aplicações incluem:
Excipiente em formulações farmacêuticas não parenterais
Preparação de formulações magistrais (quando não há exigência de pureza superior ou necessidade de ser apirogênica)
Lavagem de materiais e equipamentos laboratoriais
Preparação de soluções reagentes e meios de cultura
Diluições e preparação de tampões em microbiologia e análises clínicas
Técnicas laboratoriais, como Elisa e radioimunoensaio
Cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) – desde que sua utilização não comprometa a exatidão e a precisão dos resultados
Controle de Qualidade e Monitoramento
Por não conter inibidores de crescimento microbiológico, a água purificada exige um rigoroso monitoramento durante sua produção e armazenamento. Os principais parâmetros de controle incluem:
Condutividade máxima: 1,3 µS/cm a 25°C (Resistividade > 0,77 MΩ.cm)
Carbono Orgânico Total (COT): ≤ 0,50 mg/L
Contagem total de bactérias: ≤ 100 UFC/mL
Coliformes Totais: ausência em 100 ml
Pseudomonas sp: ausência em 100 ml
O sistema de obtenção, armazenamento e distribuição da água purificada deve ser validado e continuamente monitorado para garantir que atenda aos padrões exigidos.
Além disso, cada instalação deve definir seus próprios limites de alerta e ação, dependendo da criticidade da aplicação.
3. Água Ultrapurificada (AUP)
A água ultrapurificada é um insumo essencial para diversas aplicações científicas e laboratoriais que exigem extrema pureza.
Com baixa concentração iônica, carga microbiana reduzida e baixo nível de Carbono Orgânico Total (COT), essa modalidade de água é indispensável para métodos analíticos que demandam máxima precisão e mínima interferência.
A água ultrapurificada passa por um rigoroso processo de purificação para alcançar os mais altos padrões de qualidade. Suas principais características incluem:
Condutividade máxima: 0,055 µS/cm a 25°C (Resistividade > 18 MΩ.cm)
Carbono Orgânico Total (COT): ≤ 0,50 mg/L
Contagem total de bactérias: ≤ 10 UFC/mL
Endotoxinas < 0,25 UE/mL (quando exigida alta qualidade biológica)
Coliformes Totais: ausência em 100 ml
Pseudomonas sp: ausência em 100 ml
Devido a esses atributos, essa água deve ser utilizada imediatamente após sua produção ou, no máximo, no mesmo dia da coleta, garantindo a integridade das análises.
Principais Aplicações da Água Ultrapurificada
A pureza extrema da água ultrapurificada a torna indispensável para diversas aplicações laboratoriais e científicas, tais como:
Diluição de substâncias de referência em laboratórios de ensaios
Controle de qualidade em processos que requerem alta precisão
Lavagem final de equipamentos e utensílios utilizados em análises críticas
Análises quantitativas de baixos teores de analito, garantindo resultados exatos
Análises de resíduos e traços de elementos minerais
Preparação de calibradores, controles e substâncias químicas de referência
Espectrometria de absorção atômica, ICP/IOS e ICP/MS
Espectrometria de massa e procedimentos enzimáticos
Cromatografia a gás e cromatografia a líquido de alta eficiência (HPLC) para determinação de resíduos em ppm ou ppb
Métodos em biologia molecular e cultivo celular
Boas Práticas no Uso da Água Ultrapurificada
Para garantir a confiabilidade dos resultados laboratoriais, o uso da água ultrapurificada deve seguir algumas recomendações:
Utilização imediata: sempre que possível, a água deve ser usada logo após sua produção.
Consistência na análise: o mesmo tipo de água deve ser empregado na preparação de amostras, na obtenção de curvas padrão e em controles de qualidade
Lavagem de vidraria e equipamentos: deve ser utilizada na limpeza final de materiais que entrarão em contato direto com as amostras
4. Água para Injetáveis (API)
A água para injetáveis (API) é um insumo essencial na produção de medicamentos e produtos farmacêuticos que exigem alta pureza.
Seu uso está diretamente relacionado à fabricação de produtos estéreis e à necessidade de controle rigoroso de endotoxinas.
A água para injetáveis é uma água altamente purificada, utilizada principalmente em:
Preparação de produtos farmacêuticos parenterais (de pequeno e grande volume), como vacinas, soro e medicamentos.
Fabricação de princípios ativos de uso parenteral
Produção de produtos estéreis e outros que requerem controle rigoroso de endotoxinas
Limpeza e preparação de processos, equipamentos e componentes que entram em contato com fármacos e medicamentos estéreis
Por não passar por uma etapa posterior de remoção de endotoxinas, a API deve atender a padrões extremamente rigorosos de pureza microbiológica e físico-química.
Processo de Purificação
O método preferencial para obtenção da água para injetáveis é a destilação, utilizando equipamentos fabricados com materiais apropriados, como:
Aço inoxidável AISI 316L
Vidro neutro
Quartzo
Entretanto, é possível obter API por outros processos equivalentes ou superiores à destilação, desde que validados e monitorados para garantir a remoção eficaz de contaminantes químicos e microbiológicos.
A água de alimentação do sistema de purificação deve ser, no mínimo, potável e, geralmente, necessita passar por pré-tratamento antes de alimentar os equipamentos de purificação.
Padrões de Qualidade da Água para Injetáveis
Para garantir a segurança dos produtos farmacêuticos e laboratoriais, a API deve atender a critérios rigorosos, incluindo:
Parâmetros físico-químicos equivalentes aos da água purificada
Contagem total de bactérias: ≤ 10 UFC/100 mL
Endotoxinas bacterianas: < 0,25 UE/mL
Esses padrões garantem que a água para injetáveis seja adequada para aplicações em que a pureza microbiológica e química é fundamental.
VPMs por Norma/Lei (A)
Unidade
Farmacopéia Brasileira 7ª Edição Vol.1 (AP) *Alterada pela RDC nº 940, de 19/11/2024
Farmacopéia Brasileira 7ª Edição Vol.1 (AUP) *Alterada pela RDC nº 940, de 19/11/2025
Farmacopéia Brasileira 7ª Edição Vol.1 (API) *Alterada pela RDC nº 940, de 19/11/2026
Descrição
Água Purificada
Água Ultrapurificada
Água para Injetáveis
Origem
Norma Brasileira, ANVISA
Norma Brasileira, ANVISA
Norma Brasileira, ANVISA
COT (Carbono Orgânico Total)
mg/L
≤ 0,50
≤ 0,50
≤ 0,50
Coliformes Totais
UFC/100 mL
Ausência
Ausência
Ausência
Condutividade
µS/cm
≤ 1,3
≤ 0,055
≤ 1,3
Contagem de Bactérias Heterotróficas
UFC/ml
≤ 100
≤ 10
≤ 10
Endotoxinas
EU/mL
n/a
≤ 0,25
≤ 0,25
Pseudomonas aeruginosa
UFC/100 ml
Ausência
Ausência
Ausência
Resistividade
MΩ.cm
> 0,77
> 18
> 0,77
Boas Práticas para Garantir Qualidade da Água:
Monitoramento Periódico: Testes regulares para verificar parâmetros como condutividade, COT e carga microbiana.
Manutenção Preventiva: Inspeção e limpeza dos sistemas de purificação para evitar acúmulo de contaminantes.
Documentação e Rastreabilidade: Registros detalhados para auditorias e verificações de conformidade.
Conclusão
A 7ª edição da Farmacopéia Brasileira reforça a necessidade de um controle criterioso da qualidade da água utilizada em processos farmacêuticos e laboratoriais.
Garantir a pureza da água é essencial para a segurança e eficiência dos medicamentos e análises.
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