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Frascaria adequada para análises: como evitar erros que comprometem resultados

A escolha da frascaria correta é um dos pontos mais críticos no processo de coleta e análise de água e outras matrizes ambientais. 

O uso de frascos incorretos ou mal higienizados pode gerar falhas graves, desde recoletas e atrasos até a invalidação de laudos e não conformidades em auditorias.

Além de comprometer a rastreabilidade do processo, a escolha errada pode inviabilizar uma análise, gerando custos extras e perda de credibilidade. 

Neste artigo, você vai entender por que cada tipo de frasco tem uma função específica e como essa escolha impacta diretamente a qualidade da análise, especialmente em conformidade com a Portaria GM/MS nº 888/2021.

Por que a escolha da frascaria adequada é tão importante nas análises?

Frascaria adequada refere-se à utilização de frascos específicos, compatíveis com o tipo de análise a ser realizada, capazes de preservar as características da amostra desde o momento da coleta até o processamento laboratorial. 

Essa escolha envolve o material do frasco, o uso ou não de preservantes, o controle da temperatura e a integridade física do recipiente.

A Portaria GM/MS nº 888/2021 exige padrões rigorosos de potabilidade da água, e o cumprimento desses padrões depende diretamente da integridade da amostra, que, por sua vez, está diretamente ligada à frascaria utilizada.

Quais os riscos de usar a frascaria errada em coletas de água?

O uso de frascos inadequados pode levar a reações químicas indesejadas, degradação de compostos, crescimento microbiológico ou perda de parâmetros críticos. Consequentemente, a análise se torna inválida e pode gerar:

  • Diagnósticos imprecisos;
  • Não conformidades em auditorias (internas e externas);
  • Interrupção de processos produtivos;
  • Necessidade de recoleta e retrabalho;
  • Perda de prazos regulatórios ou contratuais.

Como escolher o frasco certo para cada tipo de análise?

A escolha do frasco correto depende diretamente da matriz analisada e dos parâmetros exigidos. Veja os principais tipos utilizados:

Frascos de vidro âmbar: quando são obrigatórios?

Essenciais para análises de compostos orgânicos voláteis (VOCs), os frascos de vidro âmbar protegem a amostra da fotodegradação.

São geralmente reutilizáveis, desde que passem por procedimentos rigorosos de higienização e descontaminação. 

O preservante comumente utilizado é o ácido clorídrico (HCl) ou sulfúrico (H₂SO₄), dependendo do composto analisado.

Frascos plásticos descartáveis: são seguros para metais e físico-químicos?

Sim, quando feitos de polímeros inertes. São indicados para ensaios de metais como ferro, chumbo e manganês, além de parâmetros físico-químicos gerais.

Utilizam normalmente ácido nítrico (HNO₃) como preservante e são armazenados em temperatura ambiente antes da coleta.

Frascos estéreis: essenciais para microbiologia

Utilizados em análises de coliformes totais, Escherichia coli e bactérias heterotróficas, os frascos plásticos estéreis são obrigatórios em microbiologia. 

As amostras devem ser mantidas sob refrigeração, entre 0 °C e 6 °C, e analisadas em até 24 horas após a coleta.

Os frascos utilizados são descartáveis, utilizados apenas uma vez, o que evita o arraste de contaminantes de coletas anteriores e garante a confiabilidade dos resultados.

Frascos especiais: quando o ensaio exige condições diferenciadas?

Algumas análises exigem frascos muito específicos:

  • Radioatividade: frasco plástico descartável;
  • Cianotoxinas: vidro âmbar, para proteção contra a luz;
  • Turbidez, cor e pH: frascos plásticos comuns, sem preservantes.

Qual é o impacto da frascaria no controle de qualidade e nas auditorias?

Laboratórios acreditados pela ISO/IEC 17025, como o da Microambiental, realizam rastreabilidade completa dos lotes de frascaria, com validação de fornecedores e inspeção de cada novo lote. 

Frascos reutilizáveis passam por processos controlados de descontaminação, e os descartáveis são submetidos a testes internos de integridade e esterilidade.

O uso inadequado da frascaria pode ser detectado em auditorias internas, da Anvisa, de certificadoras ISO ou de órgãos ambientais, comprometendo toda a cadeia de validação dos dados analíticos.

Como armazenar e transportar corretamente as amostras até o laboratório?

A amostra deve ser transportada:

  • Em caixa isotérmica com gelo reciclável;
  • Mantendo temperatura entre 0 ºC e 6 ºC para análises  microbiológicas e físico-químicas;
  • Com rótulo legível e frasco íntegro, sem vazamentos;
  • No prazo máximo indicado para cada tipo de análise (em geral, 24h para microbiologia e até 48h para físico-químicos).

Quais preservantes usar em cada tipo de análise?

Preservantes evitam reações ou degradação dos compostos. Os mais comuns são:

  • Ácido Nítrico (HNO₃): estabiliza metais;
  • Ácido Sulfúrico (H₂SO₄): conserva compostos orgânicos;
  • Tiossulfato de sódio: neutraliza o cloro em análises microbiológicas;
  • Sem preservantes: parâmetros como pH, condutividade e cloro devem ser analisados em até 48 horas.

O que diz a Portaria 888 em relação a frascaria adequada para análises?

A Portaria GM/MS nº 888/2021, norma federal de maior referência no controle da qualidade da água para consumo humano, não determina diretamente o tipo de frasco a ser utilizado. 

No entanto, exige que os métodos analíticos utilizados garantam a confiabilidade dos dados, o que pressupõe o uso de frascaria compatível, preservação adequada e transporte conforme padrões técnicos.

Além disso, normas específicas como a ABNT NBR 16824 (para Legionella) e diretrizes da ISO/IEC 17025 reforçam a importância da escolha adequada da frascaria para cada tipo de ensaio.

Como a Microambiental assegura a confiabilidade da frascaria?

A Microambiental adota um modelo padronizado e rastreável de fornecimento de frascaria para clientes em todo o Brasil. Cada frasco é entregue com o volume exato, identificações claras e, quando necessário, com o preservante já adicionado.

Além disso:

  • Todos os frascos passam por verificação de integridade e conformidade;
  • Clientes recebem orientação técnica sobre preservantes, prazo de entrega e volume mínimo;
  • O transporte é feito em conformidade com as exigências da Portaria 888 e normas da Anvisa.

Fale com nossos especialistas e saiba como implementar um sistema de coleta e análise com máxima segurança.

Este conteúdo teve a colaboração de Camisa Rosal, Gerente Técnica da Microambiental.


FAQ – Perguntas Frequentes

1. O que pode acontecer se eu usar frascos inadequados para coleta de água?

A amostra pode ser contaminada, invalidando o resultado e exigindo nova coleta.

2. Existe frasco “universal” para todas as análises?

Não. Cada ensaio exige um tipo específico de frasco e, muitas vezes, um preservante apropriado.

3. A frascaria pode ser reutilizada com segurança?

Sim, desde que o frasco seja próprio para reutilização e passe por processos de descontaminação e higienização controlados.

4. Qual a temperatura ideal para transportar amostras microbiológicas?

Entre 0 ºC e 6 ºC, utilizando gelo reciclável em caixas isotérmicas.

5. Qual é o prazo máximo para análise de amostras?

Para microbiologia, geralmente 24 horas. Outros ensaios podem permitir prazos maiores, conforme norma técnica.





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