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Padrão de Potabilidade da Água: Entenda o Que Torna a Água Segura para Consumo
Você aprenderá sobre os impactos da má qualidade da água e descobrirá as soluções disponíveis para assegurar que a água que você consome esteja sempre dentro dos padrões de segurança.
O que significa o termo potabilidade da água?
Potabilidade da Água é o nome que damos para a água que atende aos critérios estabelecidos na Portaria 888 do Ministério da Saúde. Esta portaria define que a água deve ser segura para consumo, sem oferecer riscos à saúde.
Isso significa que a água não deve conter microorganismos, substâncias químicas ou radionuclídeos em concentrações que possam ser prejudiciais.
A Importância da potabilidade da água para sua saúde
Água contaminada pode conter metais pesados e substâncias químicas que representam riscos à saúde a longo prazo. Por isso, é importante manter a qualidade da água para prevenir doenças transmitidas por ela, como cólera, hepatite A e outras infecções.
Descubra quais problemas de saúde podem ser causados por água contaminada:
Veja alguns sintomas que podem indicar o consumo de água contaminada:
Problemas gastrointestinais, como diarreia e vômito.
Problemas de pele, como irritações e infecções.
Sabor, odor ou aparência estranhos na água.
Saiba como é o processo de tratamento de água feito pelas concessionárias
As concessionárias de água são os responsáveis pelo processo de tratamento que visa garantir a qualidade da água que chega até nossas casas e nas empresas.
Elas seguem um processo rigoroso que inclui captação, tratamento, reservação e distribuição da água, assegurando que a mesma atenda aos padrões de potabilidade estabelecidos. Vamos explorar cada uma dessas etapas:
1. Captação da água
A captação é a primeira etapa do processo e envolve a retirada da água de fontes naturais, como rios, lagos, poços artesianos ou represas.
As concessionárias escolhem fontes que possuam a quantidade e qualidade adequadas para atender à demanda da população.
O processo de captação é realizado de forma a minimizar os impactos ambientais e garantir a sustentabilidade da fonte.
2. Tratamento da água
Após a captação, a água passa por várias etapas de tratamento para remover impurezas e contaminantes, tornando-a segura para consumo humano. Os principais processos de tratamento incluem:
Coagulação e Floculação: Adição de coagulantes que fazem com que partículas suspensas na água se agreguem em flocos maiores.
Decantação: Os flocos formados na etapa anterior são sedimentados no fundo de tanques de decantação, removendo boa parte das impurezas.
Filtração: A água decantada é filtrada através de camadas de areia, carvão ativado e outros materiais, removendo partículas finas e micro-organismos.
Desinfecção: Adição de cloro ou outros desinfetantes para eliminar bactérias e outros patógenos. Esse processo garante que a água permaneça segura até o ponto de consumo.
Correção de pH: Ajustes no pH da água para evitar corrosão das tubulações e garantir a estabilidade química da água.
3. Reservação da água
Após o tratamento, a água é armazenada em reservatórios que têm a função de garantir um fornecimento contínuo e estável, mesmo em períodos de alta demanda.
Os reservatórios também permitem que a água passe por um período de repouso, ajudando a sedimentar qualquer resíduo que ainda esteja presente e garantindo uma distribuição eficiente.
4. Distribuição da água
A última etapa é a distribuição da água tratada até as residências, comércios e indústrias. Esse processo é realizado através de uma complexa rede de tubulações que cobre toda a área de atendimento da concessionária. Para assegurar a qualidade da água durante a distribuição, as concessionárias realizam:
Manutenção e Monitoramento: Inspeções regulares e manutenção das tubulações e reservatórios para prevenir vazamentos e contaminações.
Monitoramento da Qualidade: Análises contínuas da água em vários pontos da rede de distribuição para garantir que os padrões de potabilidade sejam mantidos.
Pressurização: Controle da pressão da água na rede de distribuição para evitar rupturas e garantir que a água chegue adequadamente a todas as áreas atendidas.
Origens de contaminação nos processos de captação, tratamento, reservação e distribuição de água
A contaminação da água pode ocorrer em várias etapas dos processos de captação, tratamento, reservação e distribuição. Conhecer a fundo cada etapa facilita a implementação de medidas eficazes de controle e prevenção. Vamos explorar os riscos e onde eles podem ocorrer em cada etapa.
Captação
Fontes naturais: A água de rios, lagos e represas pode conter sedimentos, micro-organismos patogênicos e poluentes químicos provenientes de escoamento superficial, atividade agrícola e industrial.
Atividades humanas: Despejos de resíduos industriais, esgoto não tratado e pesticidas podem contaminar as fontes de água, introduzindo metais pesados, produtos químicos tóxicos e microorganismos.
Tratamento
Falhas no processo: Se os processos de coagulação, floculação, decantação, filtração e desinfecção não forem realizados corretamente, contaminantes podem não ser removidos adequadamente.
Produtos químicos: A utilização de produtos químicos de baixa qualidade ou em quantidades inadequadas podem introduzir novos contaminantes na água.
Equipamentos defeituosos: Falhas nos equipamentos de tratamento podem comprometer a eficiência dos processos de purificação.
Reservação
Armazenamento prolongado: A água armazenada por longos períodos em reservatórios pode sofrer recontaminação por crescimento de algas, bactérias e outros microorganismos.
Reservatórios com falta de manutenção: A falta de limpeza e manutenção dos reservatórios pode levar à acumulação de sedimentos e formação de biofilme, proporcionando ambiente favorável para microorganismos.
Entrada de contaminantes: Reservatórios abertos ou mal vedados podem permitir a entrada de contaminantes ambientais, como poeira, folhas e animais.
Distribuição
Tubulações antigas: Tubulações antigas e corroídas podem liberar metais pesados, como chumbo e ferro, na água.
Vazamentos: Vazamentos na rede de distribuição podem permitir a entrada de contaminantes do solo e água de esgoto.
Manutenção inadequada: Interrupções no abastecimento e reparos mal executados podem introduzir contaminantes na rede de distribuição.
Contaminação cruzada: Conexões cruzadas entre sistemas de água potável e não potável podem resultar em contaminação direta.
Por que devemos avaliar a potabilidade da água?
Mesmo que a água fornecida pela concessionária seja tratada, é fundamental realizar análises regulares para garantir que a qualidade da água se mantenha dentro dos padrões de potabilidade. Afinal, possíveis contaminações podem ocorrer em pontos de distribuição ou reservatórios.
A análise da água de potável serve para identificar diversos parâmetros que garantem a potabilidade, incluindo:
Presença de microorganismos patogênicos.
Concentrações de metais pesados como chumbo e mercúrio.
Níveis de produtos químicos, como pesticidas e fertilizantes.
Parâmetros físicos, como turbidez e cor.
Quais são as principais análises que garantem a potabilidade da água?
Análises Microbiológicas: Identificação de coliformes fecais e E. coli.
Análises Físico-Químicas: Turbidez, cor, sabor e níveis de cloro, fluoreto e nitratos..
Como é feita a coleta da água para realizar a análise de potabilidade?
As coletas podem ser realizadas em diversos pontos, veja abaixo quais são eles:
Cavaletes de Distribuição: Localizados no sistema de distribuição, esses pontos são críticos para avaliar a qualidade da água antes que ela chegue aos consumidores finais.
Reservatórios: A coleta em reservatórios é vital para verificar a água armazenada e identificar possíveis contaminações ou degradações ocorridas durante o armazenamento.
Torneiras e Chuveiros: Amostras coletadas diretamente de torneiras e chuveiros fornecem uma visão precisa da água que chega aos pontos de consumo diários, permitindo a identificação de problemas que possam surgir após o tratamento inicial.
Bebedouros: Coletar amostras de bebedouros é essencial para garantir que a água destinada ao consumo direto esteja livre de contaminantes.
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