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Água para Criação de Peixes: Como Manter um Ambiente Aquático Seguro

Você sabia que a qualidade da água pode impactar diretamente a saúde dos peixes que consumimos?

Neste conteúdo, vamos falar sobre a qualidade da água na criação de peixes em ambientes aquáticos controlados. Aprenderemos também sobre a piscicultura, uma atividade que vem em constante crescimento, especialmente em um cenário onde a demanda por proteína animal sustentável está aumentando.

Como garantir que a água utilizada na criação de peixes atenda aos padrões de qualidade exigidos?

A qualidade da água refere-se a vários parâmetros físicos, químicos e biológicos que influenciam o ambiente aquático. 

Estes parâmetros incluem temperatura, pH, oxigenação, amônia, nitritos e nitratos, entre outros. Os peixes requerem condições específicas para se desenvolver adequadamente.

No entanto, muitos criadores, especialmente os que estão começando, precisam se atentar a esses parâmetros e de como pequenas alterações podem gerar grandes problemas para os peixes e para a nossa saúde.

Foto de cerca utilizada nos tanques de piscicultura

Entendendo melhor o que é aquicultura e piscicultura

A aquicultura é o cultivo de organismos aquáticos, como peixes, crustáceos e algas, em diversos tipos de ambientes aquáticos. 

Já a piscicultura é uma vertente específica da aquicultura, dedicada à criação de peixes em sistemas confinados, chamados “aquafarms”, para comercialização como alimento. Esses sistemas podem ser gaiolas submersas em ambientes naturais ou tanques construídos em terra. 

Embora a maior parte da produção seja voltada para o consumo humano, uma pequena fração, cerca de 10%, é destinada a outros fins, como produção de óleo de peixe, criação ornamental, uso farmacêutico e alimentação animal.

Quais são os principais fatores que impactam a qualidade da água utilizada na criação de peixes?

A qualidade da água é fundamental para a criação saudável e eficiente de peixes em espaços confinados. Diferentes fatores ambientais e químicos afetam o desempenho das espécies e a produtividade do sistema de cultivo. Entre os principais fatores a serem monitorados estão: 

1. Temperatura:

A temperatura da água impacta diretamente na saúde e no crescimento dos peixes. Espécies tropicais, como muitas nativas brasileiras, requerem temperaturas específicas para um ótimo desempenho, com limites entre 22ºC e 32ºC, sendo 24ºC a 30ºC a faixa ideal para crescimento e reprodução.

Temperaturas inadequadas podem limitar a produção e causar estresse nos peixes, afetando suas funções fisiológicas e aumentando o risco de doenças e mortalidade.

2. Transparência e Turbidez:

A transparência da água é outro indicador importante. Se a água estiver turva, isso pode impedir a passagem de luz solar, essencial para o desenvolvimento do fitoplâncton, responsável pela produção de oxigênio. 

A redução de luz e oxigênio afeta diretamente a sobrevivência e o crescimento dos peixes. Além disso, a turbidez pode estar associada à presença de resíduos, excesso de nutrientes e matéria orgânica, aumentando o risco de doenças.

3. Oxigênio Dissolvido:

O nível de oxigênio dissolvido é muito importante para a sobrevivência dos peixes. Temperaturas elevadas ou altitudes maiores diminuem a capacidade da água de reter oxigênio, colocando os peixes em risco de estresse e doenças. Quando os níveis de oxigênio são muito baixos, há maior probabilidade de mortalidade.

4. Dióxido de Carbono:

O dióxido de carbono é liberado na água principalmente pela respiração de organismos aquáticos, como peixes e algas, e pela decomposição de matéria orgânica. 

A concentração excessiva desse gás pode comprometer a respiração dos peixes e afetar o pH da água, necessitando de monitoramento constante.

5. pH da Água:

O pH é uma medida do grau de acidez ou alcalinidade da água e afeta diretamente o metabolismo dos peixes. O ideal é manter o pH entre 6,5 e 8,0. Valores abaixo de 4 ou acima de 11 podem ser letais.

O pH é influenciado por vários fatores, como dióxido de carbono e concentrações de sais, e precisa ser ajustado para garantir um ambiente saudável.

6. Concentração de Amônia:

A amônia é um subproduto da excreção de peixes e da decomposição de matéria orgânica e pode se apresentar na forma ionizada ou não ionizada, sendo esta última altamente tóxica para os peixes.

Níveis elevados de amônia resultam em estresse, doenças e morte dos peixes. A boa prática de manejo inclui o uso de rações de alta digestibilidade para minimizar a liberação de amônia.

7. Mau Sabor nos Peixes (Off-flavor):

O acúmulo de cianobactérias no fitoplâncton pode causar um problema conhecido como “off-flavor”, alterando o sabor da carne dos peixes. Isso acontece quando a densidade de fitoplâncton é muito alta, especialmente em águas “verdes”.

Foto de tanque com criação de peixes

Quais fatores físicos e químicos são importantes de serem monitorados?

Além dos parâmetros mencionados, é necessário observar regularmente:

  • Cor da Água: Águas com coloração azul-esverdeada geralmente indicam boa qualidade, enquanto águas muito cristalinas podem ser sinal de baixa produtividade.
  • Alcalinidade e Dureza: Importantes para manter o efeito tampão da água e resistir a mudanças bruscas de pH.
  • Oxigênio Dissolvido e Amônia: Monitorados para evitar problemas respiratórios e intoxicação.

Quais fatores contribuem para as complicações na qualidade da água?

A maioria dos problemas com a qualidade da água na piscicultura surge da falta de monitoramento contínuo. 

Alterações ambientais, como aumento de temperatura, poluição de fontes hídricas e acúmulo de resíduos alimentares e dejetos dos próprios peixes, contribuem para o desequilíbrio da água.

Quais são os riscos que surgem quando a qualidade da água para criação de peixes não é monitorada?

A baixa qualidade da água traz diversos riscos para os peixes, entre eles:

  • Doenças: Água com desequilíbrio químico favorece o surgimento de doenças bacterianas e parasitárias nos peixes.
  • Baixo Crescimento: A má qualidade da água pode impedir que os peixes atinjam o tamanho esperado, resultando em perdas econômicas.
  • Mortalidade em Massa: O estresse causado pela má qualidade da água pode levar à morte de muitos peixes em um curto período.

Por exemplo, viveiros com oxigenação inadequada frequentemente registram eventos de mortalidade em massa devido ao sufocamento dos peixes.

Foto de peixe morto boiando em rio ou lago

O que pode ser feito para garantir que a água utilizada na criação de peixes seja de boa qualidade?

Realize o monitoramento constante dos parâmetros hídricos e a adoção de tecnologias adequadas. Utilize sistemas de aeração, filtros biológicos e monitore o controle adequado da alimentação para ajudar a manter o equilíbrio da água.

Além disso, análises frequentes da água, verificando o nível de substâncias como amônia, nitritos e pH, permitem agir preventivamente antes que os problemas se agravem.

Como a Microambiental pode colaborar para manter a qualidade da água utilizada na criação de peixes?

Na Microambiental, oferecemos serviços completos de análise da qualidade da água para piscicultura, ajudando os criadores a identificar possíveis desequilíbrios e a implementar soluções eficazes. 

Nossa equipe especializada realiza coletas e análises detalhadas, assegurando que os parâmetros estejam dentro dos níveis adequados para a criação de peixes.

Diferenciais de nossos serviços:

  • Análises específicas para piscicultura.
  • Relatórios detalhados com recomendações práticas.
  • Suporte contínuo para ajustes de qualidade da água.

Entre em contato conosco para saber mais sobre nossos serviços de análise da qualidade da água e garanta a máxima eficiência em sua criação de peixes!





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