Nos bastidores da rotina hospitalar, onde cada procedimento é meticulosamente pensado para preservar vidas, uma ameaça prolifera silenciosamente: o biofilme em ralos de pias.
Presente principalmente em áreas úmidas, como banheiros, lavatórios de enfermarias e centros cirúrgicos, esse inimigo microscópico representa um desafio crescente à higiene hospitalar e à prevenção de infecções nosocomiais.
Neste artigo, vamos entender o que são os biofilmes, por que eles se formam em ralos hospitalares, os riscos à saúde que representam e as estratégias mais eficazes para seu controle, com destaque para soluções inovadoras que a Microambiental pode oferecer.
O que é biofilme?
Os biofilmes são comunidades organizadas de microrganismos que se aderem a superfícies e se envolvem em uma matriz pegajosa de polissacarídeos, proteínas e DNA extracelular.
Essa matriz atua como um escudo biológico, tornando os microrganismos mais resistentes a agentes químicos, como sabões, desinfetantes e antibióticos.
Em sistemas hospitalares, essas estruturas se desenvolvem especialmente em locais úmidos e com fluxo de água intermitente, como sifões, drenos e tubulações de pias, tornando-se verdadeiros reservatórios de patógenos multirresistentes.
Para conhecer mais sobre os Biofilmes, acesse nosso conteúdo sobre o assunto: https://microambiental.com.br/analises-de-agua/servicos-de-higiene-em-sistemas-de-agua/como-os-biofilmes-influenciam-na-qualidade-da-sua-agua/

Importância: Por que os ralos são pontos críticos?
Diferentemente de superfícies planas como pisos ou bancadas, os ralos e seus encanamentos não são diretamente acessíveis à maioria das rotinas de limpeza. Como resultado:
A umidade constante favorece a formação e crescimento de biofilmes.
A ação do desinfetante é limitada pela baixa penetração e pelo tempo de contato insuficiente.
Aerossóis gerados pela queda de água podem dispersar microrganismos para o ambiente, contaminando equipamentos, superfícies e até profissionais de saúde.
Problemas comuns relacionados ao biofilme em ralos
- Colonização por patógenos resistentes, como Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter baumannii e Staphylococcus aureus (MRSA).
- Falhas recorrentes em auditorias sanitárias, devido à presença persistente de contaminantes microbiológicos.
- Risco de infecções cruzadas, especialmente em pacientes imunocomprometidos.
- Dificuldade na erradicação com métodos convencionais de limpeza.
- Mau odor, que compromete a experiência dos pacientes e a credibilidade da instituição.

Consequências da presença de biofilmes em ambientes hospitalares
- Aumento de infecções hospitalares, elevando a taxa de internações prolongadas.
- Custo elevado com antibióticos e tratamentos complementares.
- Interdições sanitárias, multas e impacto reputacional.
- Inviabilidade do ambiente para procedimentos de risco, como cirurgias e hemodiálises.
Soluções existentes para diminuir riscos de biofilmes em ralos de pias em ambientes hospitalares:
Embora muitos hospitais utilizem desinfetantes líquidos comuns, sua eficácia é severamente limitada nos ralos. Soluções mais avançadas vêm sendo adotadas:
1. Desinfetantes em Espuma
- Adesão prolongada à superfície interna dos ralos.
- Maior tempo de contato = maior eficácia.
2. Tratamentos Térmicos
- Aplicação de água quente (acima de 60°C) ou vapor para inativar o biofilme.
3. Redesenho de Ralos
- Modelos que facilitam o acesso à parte interna e reduzem zonas mortas.
4. Materiais Antiaderentes
- Superfícies lisas e hidrofóbicas que dificultam a fixação dos microrganismos.
Conclusão:
O biofilme em ralos hospitalares é invisível, mas não inofensivo. Seu impacto na segurança do paciente é real e exige ações coordenadas, periódicas e fundamentadas em evidências.
A Microambiental está preparada para ser sua parceira estratégica nesse desafio identificando focos de contaminação por meio de análises de água.
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