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Por que as oscilações de Cloro Residual Livre nos sistemas de água são um problema?

Neste artigo vamos entender os fatores que influenciam os níveis de Cloro Residual Livre na água, as consequências das oscilações e como obter um teor de Cloro Residual Livre estável.

A manutenção do Cloro, na forma de hipoclorito de sódio, é muito importante por conta da sua ação desinfetante. Esse composto é um forte agente oxidante, eliminando grande parte de microrganismos potencialmente patogênicos (como a Escherichia coli) e bactérias oportunistas (o caso da Legionella) de vida livre , ou seja, bactérias que não estão contidas em Biofilmes. 

Entretanto, a aplicação desse biocida precisa de cautela, por conta dos constantes casos de oscilações de Cloro Residual Livre em sistemas de água para consumo humano. O excesso de Cloro pode causar problemas por ser um componente corrosivo e tóxico, além de provocar sabor e odor desagradáveis. Ademais, quando em baixa concentração, não elimina corretamente os microrganismos presentes no sistema de água para consumo humano.

O que é o teor residual do Cloro? 

Adicionamos solução de hipoclorito de sódio à água com o objetivo de gerar o Cloro Residual Livre (na forma de ácido hipocloroso), que vai garantir a ação desinfetante por um tempo após a sua aplicação.

Infográfico sobre as atividades do Ácido Hipocloroso nos sistemas de água para consumo humano.
Infográfico sobre as atividades do Ácido Hipocloroso nos sistemas de água para consumo humano. Fonte: MICROAMBIENTAL.

À manutenção da concentração adequada de Cloro Residual Livre vai garantir, dentro de um intervalo de segurança, uma ação desinfetante às possíveis contaminações que possam ocorrer no sistema de água após o seu tratamento.

IMPORTANTE: O Cloro Residual Livre serve como um parâmetro de controle no sistema ao longo da rede. O baixo nível desse composto pode indicar uma eventual contaminação microbiológica nos sistemas de água para consumo humano.

Alguns fatores que causam oscilações dos níveis de Cloro Residual Livre na Água para Consumo:

Alterações da qualidade da água dos mananciais ou problemas nos sistemas públicos de abastecimento de água potável podem influenciar nas concentrações de cloro que chegam para o consumidor:

  • Irregularidade das Chuvas: contribuiu para maior concentração de partículas orgânicas, o que demanda maiores concentrações de Cloro para o tratamento de água;
  • Despejo de efluentes sem tratamento em mananciais demanda maiores concentrações de Cloro no tratamento de água;
  • Adutoras/tubulações danificadas contribuem para contaminações cruzadas e influenciam nas oscilações de concentração de Cloro.

Além dos fatores citados acima, em grandes edificações (como, por exemplo, hospitais, empresas farmacêuticas, alimentícias e condomínios), os pontos mais distantes da rede têm uma perda natural dos teores de cloro residual em função da volatilidade e decomposição do produto.

IMPORTANTE: Diversos fatores podem contribuir para o decaimento de Cloro Residual Livre em um sistema de água para consumo humano. Isso ocorre devido à alta reatividade do cloro com inúmeras substâncias orgânicas e inorgânicas ( inclusive os elementos metálicos em tubulações), diminuindo a sua ação residual. Outro fator importante que interfere na concentração de Cloro Residual Livre, é o aumento de temperatura, uma vez que, contribuí para a volatilização do produto.

Quais são os problemas de níveis incorretos de Cloro Residual Livre na água? 

  • Possíveis contaminações microbiológicas: o nível de cloro inferior ao necessário, permite o desenvolvimento de algumas bactérias mais tolerantes a esse composto na água, selecionando esses microrganismos. Esse cenário pode ocasionar possíveis surtos de contaminação;
  • Formação de subprodutos: o excesso de cloro residual pode gerar a formação de subprodutos nocivos à saúde, como por exemplo, as Cloraminas (que estimulam alergias) e os Trihalometanos (descritos como potencialmente cancerígenos);
  • Diminuição da qualidade da água oriunda de processos de osmose reversa: o excesso de cloro degrada as membranas, diminuindo a durabilidade de filtros de pré tratamento e de membranas de osmoses e aumentando os custos com manutenções;
  • Aumento da corrosão de tubulações galvanizadas,  gerando maiores gastos com manutenção de tubulações e equipamentos;
  • Possíveis alterações de sabor, odor, turbidez e cor.

Mas como obter teores residuais estáveis?

Mesmo com as particularidades citadas acima, podemos controlar a concentração de cloro através de dois processos:

sistema de concentração de cloro
  • Sistemas Inteligentes de Dosagem de Cloro:  com tecnologia de ponta, este sistema mantém o nível de Cloro estável por meio de um sensor que monitora continuamente sua concentração na água e regula, de forma automática, a bomba dosadora.
  • Análises de Água:  a realização periódica de análises de água é uma prática de extrema importância, pois permite verificar se a quantidade de Cloro residual está chegando de maneira adequada na água em todos os pontos do sistema.

Nós da Microambiental recomendamos a realização periódica de análises microbiológicas da água para identificar bactérias potencialmente patogênicas e oportunistas. A alta carga de matéria orgânica em conjunto da baixa concentração de cloro residual, também favorece o desenvolvimento de microrganismos potencialmente patogênicos e oportunistas (como a Escherichia coli, Legionella entre outras). Esses podem se instalar em tubulações e caixas d’água.

  • Utilizar sistemas de Filtração e realizar periodicamente a Higienização de Reservatórios e a Limpeza de Caixas d’água para diminuir a carga de matéria orgânica nos sistemas de água para consumo humano. A matéria orgânica além de acelerar o processo de redução do Cloro Residual Livre na água, também auxilia o desenvolvimento de Biofilmes que albergam bactérias potencialmente patogênicas e oportunistas.

As Estações de Tratamento de Água são muito antiquadas e não dispõem de tecnologias que removam novos produtos ocasionados pelos diversos tipos de poluentes gerados. Desse modo, utilizam mais produtos químicos, como o cloro, para remediar essas contaminações.  Diante desse cenário, ressaltamos a importância de sistemas inteligentes que apliquem os níveis corretos de Cloro Residual Livre para evitar o seu excesso e, consequentemente, evitar a formação de subprodutos nocivos à saúde.  

Quer se aprofundar no tema?

O Conselho Regional de Química tem um artigo entitulado Química Viva que que traz algumas informações complementares a este post.

Conheça também nosso Programa Água Segura:

A Microambiental possui um portfolio completo de soluções em higiene e controle microbiológico de sistemas de água, como por exemplo, o Programa Água Segura, voltado para ambientes hospitalares entre outros.





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