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A Importância da análise de água bruta

A revista Tae assim como a Microambiental se compromete a propagar informação segura através de artigos técnicos, novas tecnologias, trabalhos acadêmicos, entrevistas e reportagens que circundam o universo de tratamento de água e efluentes. Veja a seguir um pouco do que rolou nesta entrevista!

É como muita satisfação que compartilhamos que o nosso Diretor Técnico, Roberto Thomé, foi convidado a fazer uma entrevista para a Edição Nº 52 – dezembro de 2019/janeiro de 2020 – Ano IX da revista TAE. Na entrevista, nosso Diretor Técnico falou sobre os principais contaminantes que podemos encontrar em água bruta, da forma adequada de coleta e análises e das consequências de despejar efluentes sem tratamento no meio ambiente.

Porque fazer análise de água bruta? 

Só para termos um panorama mais geral, as análises em água bruta são importantes para verificar os níveis e tipos de contaminação. Sabendo os contaminantes, podemos aplicar o método de tratamento adequado antes que a água seja destinada ao consumo.

Que tipos de contaminantes ou materiais são encontrados na amostra de água bruta?

Os contaminantes presentes na água bruta são diversos, variando diretamente com os fatores ambientais e as atividades antrópicas que ocorrem na localidade daquele determinado corpo hídrico. Mas, de maneira geral, podemos classificar os contaminantes em: orgânicos, microbiológicos e inorgânicos.

Como é feita a análise de água bruta?

A Importância da análise de efluentes

Ensaio bacteriológica da água.

Segundo Roberto Thomé, podemos resumir o processo de análise em quatro etapas: A coleta, transporte/armazenamento, análise laboratorial e interpretação dos resultados. 

Coleta: Foi ressaltado em entrevista como essa etapa requer diversos cuidados para se evitar eventuais contaminações e perdas e, de tal forma, garantir a integridade da amostra a ser analisada.

Transporte/Armazenamento: Após a coleta, as amostras devem ser acondicionadas adequadamente em caixa térmica, com uma quantidade de gelo adequada para manter as amostras refrigeradas para seu transporte e a temperatura deve ser mantida até o momento da análise da amostra.  

Análises de água: O escopo de análise vai variar de acordo com a finalidade que daremos para aquela água (Água Potável, Água para Higiene de Materiais de Saúde (CME), Água para Hemodiálise entre outros tipos). Mas ,de maneira geral, Roberto resumiu em dois tipos de análises principais: Análises microbiológicas e as análises físico-químicas.

  • Análises microbiológicas: Os processos de análise bacteriológica de rotina para potabilidade da água consistem na contagem padrão em Placa, técnica membrana filtrante, avaliação de coliformes totais e termotolerantes.
  • As análises físico-químicas de água vão validar parâmetros tanto físicos (como temperatura, sabor, odor, cor, turbidez e condutividade elétrica), como os químicos (pH, alcalinidade e a dureza) da mesma.

Por fim, após as análises, é importante fazer uma análise crítica dos dados extraídos, analisando se água está nos padrões legais para a sua utilização e gerar laudos adequados. 


Realização da análise crítica dos dados extraídos do processo laboratorial.

Roberto Thomé comentou que todas as etapas de coleta, transporte/armazenamento e análises são complexas e precisam de diversos cuidados para rastreabilidade e confiabilidade dos resultados. Para tanto, é recomendável que sejam contratados laboratórios que possuam rigorosos Sistemas de Qualidade e que apresentem certificação (INMETRO, ANVISA…)

Quais os impactos que essa água bruta pode causar ao meio ambiente e à saúde das pessoas se não for tratada?

Os contaminantes presentes na água bruta são diversos e, de maneira geral, podemos classificar os contaminantes em: orgânicos, microbiológicos e inorgânicos.

  • Orgânicos: O excesso de matéria orgânica em corpos hídricos colabora para o processo de eutrofização. Esse processo gera a perda da qualidade da água por gerar forte odor, alterações na cor e turbidez da água, e em níveis mais altos, diminui o oxigênio diluído na água comprometendo todo o ecossistema hídrico.
  • Microbiológicos: A água contém agentes etiológicos como vírus e bactérias (como Escherichia coli, Shigella spp entre outras) que podem ser introduzidos em nosso organismo, por ingestão direta de água, alimentos e via cutânea.  

Roberto também comentou da presença de bactérias denominadas oportunistas, como a Legionella, Pseudomonas e Mycobacterium. Estas bactérias normalmente não causam doenças, mas caso encontre um hospedeiro com o sistema imune mais enfraquecido (como idosos, pessoas que sofrem síndrome de imunodeficiência, pessoas que passaram por transplantes e quimioterapia) podem causar infecções graves.

  • Inorgânicas: Já sobre as contaminações inorgânicas, Roberto comentou de uma uma grande problemática tanto no âmbito ambiental e como de saúde pública: a presença de metais pesados (arsênio, cádmio, cromo, chumbo, mercúrio, prata, cobre e zinco) na água. Estes compostos , além de altamente tóxicos, não são degradáveis e se acumulam no ambiente e no nosso organismo.

Roberto demonstrou grande preocupação desse cenário ao falar de pessoas que sofrem com a doença renal crônica e necessitam passar pelo processo de hemodiálise. Na hemodiálise, a água é o insumo mais consumido, e a presença mesmo que ínfima desses compostos pode ser letal para esses pacientes. 

A Microambiental gostaria de agradecer o convite das organizadoras da revista TAE por esta oportunidade e convidar a todos a ver a entrevista na integra: http://www.revistatae.com.br/edicoes.asp?link=ultima&fase=C&id=584

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