As férias de verão são o momento perfeito para relaxar, se divertir e aproveitar os dias ensolarados na praia.
No entanto, devemos nos atentar a um detalhe muito importante que é a qualidade da água que consumimos neste período.
Você já deve ter se questionado sobre potenciais riscos que corremos ao consumir água contaminada nas praias durante o verão. No artigo de hoje vamos falar sobre esse assunto tão importante.
Qualidade da água na praia durante o verão
Com o aumento do fluxo de turistas, muitas cidades litorâneas sofrem com a questão da gestão de água e esgoto.
Durante o verão, a coleta e o tratamento de esgoto frequentemente se tornam insuficientes para atender à alta demanda. Como resultado, a poluição nas águas aumenta significativamente, trazendo riscos para a saúde pública.
Quais são os critérios para uma praia ser considerada imprópria para banho?
A qualidade da água das praias é avaliada com base na presença de bactérias fecais, seguindo os parâmetros definidos pela Resolução 274 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Esse monitoramento serve para garantir a segurança dos banhistas.
Indicadores utilizados na avaliação:
Três indicadores são analisados para determinar se uma praia é imprópria para banho:
- Coliformes fecais
- Escherichia coli (E. coli).
- Enterococos.
Quando uma praia é considerada imprópria?
A água é classificada como imprópria quando:
- São identificadas mais de 100 unidades de colônias de bactérias (UFC) por 100 ml de água em duas ou mais amostras coletadas ao longo de cinco semanas.
- Em uma única coleta, o número de bactérias ultrapassa 400 unidades por 100 ml de água.
Como acompanhar a balneabilidade das praias?
Semanalmente, órgãos ambientais responsáveis divulgam boletins de balneabilidade, que classificam as praias de acordo com a qualidade da água.
Essas informações são publicadas na imprensa e compartilhadas com diferentes entidades para facilitar o acesso público.
Ao consultar esses boletins antes de visitar a praia, você pode garantir uma experiência segura e evitar riscos à saúde.
O que pode tornar uma praia imprópria para banho?
Diversos fatores podem contribuir para o aumento de organismos que deixam a água do mar imprópria para banho. Entre as principais causas estão:
- Despejo de esgoto: O lançamento de resíduos sem tratamento diretamente no mar é uma das maiores fontes de contaminação.
- Chuvas intensas: A água da chuva carrega resíduos, lixo e poluentes das ruas e rios para o oceano, elevando os níveis de contaminação.
- Aumento de banhistas: Em épocas de alta temporada, o maior fluxo de pessoas pode sobrecarregar sistemas de saneamento e causar poluição direta.
Cuidados Essenciais com o Consumo de Gelo na Praia Durante o Verão
O verão é uma das estações mais aguardadas do ano, marcada por momentos de lazer à beira-mar. No entanto, é importante se atentar não só a qualidade da água do mar, mas também aos alimentos e bebidas consumidos na praia. Confira os principais cuidados que devemos ter:
Riscos associados ao gelo de qualidade duvidosa:
- O gelo produzido com água não tratada pode conter microrganismos patogênicos.
- Contaminações frequentes levam a doenças como diarreias e vômitos, especialmente em crianças e idosos.
- Equipamentos mal higienizados e o manuseio inadequado também são fontes de risco.
Fatores que agravam o problema:
- Falta de fiscalização: Em muitas regiões, a venda de gelo não é devidamente monitorada.
- Produção improvisada: Gelo feito sem critérios adequados de higiene e segurança.
- Baixa conscientização: Consumidores e comerciantes desconhecem ou ignoram os riscos de água contaminada.
Vantagens do gelo industrializado:
- Qualidade controlada: Segue normas da legislação sanitária, utilizando água potável.
- Acondicionamento seguro: Vendido em embalagens higiênicas com informações detalhadas (rotulagem, CNPJ, e fonte).
- Menor risco de contaminação: Produção em ambiente monitorado, com redução de contato manual.
Cuidados na compra de gelo:
- Opte por embalagens plásticas específicas, com rótulos informando a procedência e as condições de fabricação.
- Evite gelo em escamas ou barras sem garantia de que foi produzido com água tratada, mesmo que seja usado apenas para resfriar produtos embalados.
Produção de gelo em casa: O que fazer:
- Use sempre água tratada para evitar a proliferação de microrganismos.
- Garanta a limpeza do freezer ou das “forminhas” utilizadas para a produção.
- Evite armazenar o gelo em recipientes reaproveitados, como garrafas PET.
Quais são os riscos do contato com água contaminada?
O consumo de água ou gelo contaminados, assim como o contato com águas poluídas, pode causar:
- Infecções gastrointestinais: Diarreia, vômito e dores abdominais são comuns.
- Infecções de Pele: O contato com águas contaminadas pode levar a irritações e doenças dermatológicas.
- Doenças mais graves: Em casos extremos, hepatites virais e infecções bacterianas severas podem ocorrer.
- Sempre higienizar as mãos antes de fazer as refeições ou preparar alimentos, e também após utilizar o banheiro.
- Usar exclusivamente água filtrada ou fervida para lavar e preparar alimentos.
- Lavar as latas de refrigerantes, bebidas alcoólicas ou conservas antes de abri-las para consumo.
- Certificar-se de que a limpeza das caixas d’água do local que você está hospedado ou consumindo é realizada a cada seis meses.
- Ao consumir alimentos em estabelecimentos públicos, verificar as condições de higiene do local e a conservação dos produtos.
- Evitar tomar banho em praias impróprias ou em rios e córregos poluídos, não autorizados para lazer.
- Evitar nadar em locais com grande aglomeração de pessoas.
- Não descartar lixo nas ruas, terrenos vagos ou bueiros, pois isso compromete o escoamento das águas pluviais e pode propagar doenças.
A conscientização e a adoção de boas práticas são o caminho para prevenir problemas e proteger a saúde de todos.
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