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Água contaminada com matéria inorgânica: o que você precisa saber?

Em nossos último post, falamos um pouco sobre os diferentes compostos orgânicos que podem estar presentes na nossa água de consumo e suas consequências. Neste, vamos tratar dos compostos inorgânicos que podem estar presentes na água de consumo, como afetam sua qualidade e como analisar se a água está boa para ser consumida.

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O QUE SÃO COMPOSTOS INORGÂNICOS?

São substâncias que normalmente não contêm  átomos de carbono, enquanto as orgânicas contêm numerosos átomos de carbono em sua composição. Os compostos inorgânicos dentro dos nossos escopos de análises de água incluem tanto minerais como metais, e sua necessidade de análise vai depender da finalidade dessa água.

COMO OS COMPOSTOS INORGÂNICOS CHEGAM NA NOSSA ÁGUA?

Os compostos inorgânicos encontrados na nossa água podem ter origem na geologia diferente de cada local. Isso ocorre porque, de maneira  geral, as águas subterrâneas que podem abastecer nossos mananciais e poços se deslocam por um longo caminho através de rochas e solos e assim podem captar diversos compostos, tais como: Magnésio, cálcio e cloreto, fluoreto, nitrato e ferro.

Um fator importante que pode incrementar a concentração destes compostos na água são atividades relacionadas ao homem como a mineração, indústria ou agricultura. Atualmente temos dois casos emblemáticos da interferência do homem na dispersão de poluentes inorgânicos que são os casos de : Brumadinho e Mariana em que o rompimento da barragem contaminou diversos rios com minérios de ferro e manganês. Vale ressaltar que é comum haver quantidades vestigiais de muitos compostos inorgânicos no abastecimento de água, o que define se esse composto vai ser nocivo ou não depende da sua concentração.

Imagem do desastre de Brumadinho
Crédito: Wikipedia Commons

QUAL É A IMPORTÂNCIA DOS COMPOSTOS INORGÂNICOS NA ÁGUA DE CONSUMO?

De maneira geral os efeitos que estas substâncias químicas podem ter sobre a qualidade da água e no nosso organismo vão depender tanto da sua concentração, tempo de exposição e sua toxicidade.

Por exemplo:

  • O excesso da concentração de alguns elementos e compostos como ferro, Manganês e sulfato podem proporcionar um sabor desagradável à água;  
  • Quando temos a interação do Cálcio e Magnésio com o carbonato, bicarbonato e sulfato há formação de precipitados em nossa água (dureza da água);
  •  Quando nos referimos a saúde humana a alta concentração de nitratos podem causar a metemoglobinemia em crianças menores de 6 anos. E além disso temos os metais pesados (arsênio, cádmio, cromo, chumbo, mercúrio, prata, cobre e zinco) os quais são tóxicos ao homem.

COMO AVALIAR OS COMPOSTOS INORGÂNICOS NA ÁGUA?

Podemos saber como está a concentração de substâncias inorgânicas da nossa água solicitando análises físico-químicas, para sabermos se estes parâmetros estão dentro das quantidades indicados para a utilização dessa água. O escopo da análise pode variar muito de acordo com a utilização da água, mas de maneira geral é recomendado avaliar dentro dos parâmetros físicos: 

  • Temperatura, Sabor e odor, Cor, Turbidez e Condutividade Elétrica. 

Dentro dos parâmetros químicos recomendamos analisar de maneira geral:

  • O pH (potencial hidrogeniônico); 
  • Alcalinidade indica sais alcalinos, como o sódio e cálcio;
  • Dureza que vai indicar sais como cálcio e o magnésio.
  • Nós demos algumas análises gerais, mas é importante sabermos que dependendo da utilização da água teremos escopos de análises diferentes

Alguns procedimentos que exigem um alto grau de pureza da água em seu processo e assim vão ter um escopo mais abrangentes. Podemos citar como um exemplo a água para Hemodiálise. Para essa água é recomendado segundo a legislação RDC 11 análises semestrais de: Alumínio, Antimônio, Arsênio, Bário, Berílio, Cádmio, Cálcio, Chumbo, Cloro Total, Cobre, Cromo, Fluoreto, Magnésio, Mercúrio, Nitrato (N), Potássio, Prata, Selênio, Sódio, Sulfato, Tálio e Zinco. 

Aqui vale ressaltar a séria contaminação de Alumínio em pacientes de hemodiálise – essa contaminação da água, leva ao acúmulo do metal  no organismo gerando grandes complicações para estes pacientes como : Osteomalácia, anemia microcítica e lesão funcional aos hepatócitos, sendo que em casos mais severos pode evoluir com um quadro de encefalopatia, demência da diálise e levar o paciente a óbito.

Já quando falamos Água para Higiene de Materiais de Saúde (CME)  o escopo é um pouco mais reduzido e recomenda-se análises para:  Resíduos de Evaporação, Silício, Ferro, Cádmio, Chumbo, Resíduos de Metais Pesados, Cloretos, Fosfato, Condutividade, pH, Aparência, Dureza e Cobre. A presença desses compostos pode formar depósitos nos materiais médicos comprometendo sua utilização.

Você sabia que a Microambiental têm mais de 27 anos de experiência em análise de água para vários segmentos, como: Água Potável, Água de Poço Artesiano, Água para Hemodiálise, Água para Higiene de Materiais de Saúde (CME),  Água Purificada   e Legionella

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Ficou com alguma dúvida sobre quais parâmetros e em que frequência analisar? Por favor, entre em contato conosco. Nossos consultores terão o prazer de ajudá-los.

microambiental@microambiental.com.br 






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