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Por que a Coréia do Sul é exemplo no combate à Covid-19?

A Coréia do Sul se destacou diante da pandemia de Covid-19 com uma das menores taxas de infecção e letalidade do mundo. Apesar de inicialmente apresentar um grande número de infectados, o país conseguiu conter a propagação do novo coronavírus rapidamente. Até dia 21/04, contava apenas 10.613 contaminados e 229 mortes: números baixos quando comparados ao resto do mundo. 

O sucesso do país – que deve servir de exemplo – é resultado da conjugação do alto índice de diagnóstico, rápido tratamento dos infectados, isolamento social horizontal e campanhas de higiene e desinfecção de ambientes contaminados.

Como o país asiático reagiu com tanta agilidade à crise do novo coronavírus? 

Uma das razões primordiais da baixa taxa de letalidade foi a agilidade com que os órgãos responsáveis agiram diante da pandemia. Em 2015, o país enfrentara a síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS). Naquela ocasião, foi necessário rastrear, testar e colocar em quarentena quase 17.000 pessoas e, mesmo assim, só conseguiram conter o surto após 2 meses. A experiência com a MERS permitiu ao país adotar rapidamente medidas assertivas para conter a COVID-19. 

Que medidas foram tomadas para conter a pandemia?

1. Diagnóstico massivo e tratamento dos infectados: 

O país organizou um dos maiores programas de testes e rastreou muito efetivamente casos suspeitos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a detecção precoce do vírus é essencial para conter sua disseminação, pois permite isolar os doentes, impedir que o vetor se espalhe e detectar infectados que ainda não desenvolveram sintomas

2. Tratamento e quarentena de indivíduos infectados:

Por conta do alto índice de pessoas testadas, o país desenvolveu um planejamento mais eficaz do atendimento em hospitais, uma vez que apenas 10% dos infectados precisam de hospitalização.

Desse modo, os pacientes de alto risco, ou seja, com doenças subjacentes, têm prioridade para hospitalização. Quando o paciente apresenta sintomas mais moderados são encaminhados para instalações onde recebem apoio e observação médica básica. 

Quando os pacientes se recuperam e testam negativo duas vezes são liberados. Apenas as pessoas que tiveram contatos estreitos e aqueles com sintomas mínimos são obrigados a ficar em quarentena por 2 semanas.

3. Distanciamento social:  

Outro fator que colaborou muito com a diminuição de novos casos foi a alta adesão ao distanciamento social voluntário em todo o país.  Além disso, o governo sul-coreano aconselhou as pessoas a usarem máscaras, lavar as mãos, evitar multidões e reuniões, trabalhar remotamente e participar de cultos religiosos online, em vez de irem às igrejas.

4. Campanhas de higiene e desinfecção de ambientes contaminados: 

Práticas como lavar regularmente as mãos e manter uma boa higiene foram extremamente reforçadas e tiveram uma forte adesão da população.  

Imagem mostrando as rigorosas sessões de desinfecção de ambientes e superfícies em trens, metrôs e ônibus da Coréia do Sul Imagem: Getty Images
No trânsito, agentes de saúde sul-coreanos medem a temperatura de motoristas em busca de suspeitos de infectados pela Covid-19. Imagem: Getty Images

Outra medida de contenção adotada pelos centros de saúde foi a desinfecção de ambientes e superfícies em rotas onde pacientes confirmados com COVID-19 viajaram. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da Coréia (KCDC), foi pulverizado nas superfícies dos locais confirmados o hipoclorito de sódio, também conhecido como lox, ou etanol de mais de 70%, para erradicar o vírus. 

Esse método pode ser aplicado no Brasil? 

O Brasil e a Coréia do Sul são extremamente distintos nos seus hábitos, cultura, densidade populacional, economia e na organização de seus centros urbanos. Logo, é muito difícil dizer se as estratégias da Coréia do Sul gerariam os mesmos resultados por aqui.

Entretanto, medidas como distanciamento social e higiene pessoal são essenciais para evitar a disseminação do vírus. Elaborar mais testes também é uma medida muito importante, não só para diagnosticar adequadamente as pessoas contaminadas, mas para analisar o comportamento epidemiológico do vírus e assim avaliar estratégias de contenção.

Rigorosas sessões de desinfecção de ambientes e superfícies são feitas em trens, metrôs e ônibus da Coréia do Sul / Imagem: Getty Images
Rigorosas sessões de desinfecção de ambientes e superfícies são feitas em trens, metrôs e ônibus da Coréia do Sul. / Imagem: Getty Images

Outra medida profilática de combate ao SARS-CoV-2 é a desinfecção locais densamente populados, onde a probabilidade contaminação é alta (exemplo: áreas públicas, hospitais, shoppings, escolas entre outros)

Links para as matérias-fonte deste artigo:

1 – https://www.sciencemag.org/news/2020/03/coronavirus-cases-have-dropped-sharply-south-korea-whats-secret-its-success#

2 – https://www.bbc.com/portuguese/internacional-51937888

3 – http://www.koreabiomed.com/news/articleView.html?idxno=7364





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